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sábado, 26 de março de 2011

Diabetes: quando um relance de olhar pode fazer a diferença

        Se até hoje, o maior poder de um relance de olhar era  fazer pessoas de apaixonarem, isso está para mudar.
       Nathan Efron, da Queensland University of Technology em Brisbane, Australia, juntamente com colegas, desenvolveu um método não evasivo para verificar danos em nervos, causados pela diabetes usando um microscópio confocal de córnea para fazer a avaliação da densidade de fibras nervosas nessa área.


 (Imagem: Suren Mannvelyan / Alamy)

           Mais de 50% das pessoas que possuem diabetes passam pela experiência de danos nos nervos, que em casos extremos, pode levar a perda da sensibilidade em membros e a sua respectiva amputação. A lesão de fibras nervosas é normalmente avaliada por testes invasivos, que incluem biopsia de nervos e tecidos.
            A diabetes afeta nervos periféricos, mas Efron suspeita que ela também possa deixar marcas na córnea - tecido mais inervado do corpo.
            Ele mostrou que isso é verdade, usando um microscópio confocal de córnea: em média, as córneas de pessoas diabéticas, que possuem danos nos nervos, tem uma densidade menor de fibras nervosas, e os nervos são mais curtos do que nos controles saudáveis.
            Inicialmente, pensava-se que a diabetes afetava somente os nervos periféricos. Descobrir que os nervos craniais - como os que inervam os olhos - também estavam sendo danificados foi uma surpresa, disse Efron.
            A equipe de Efron desenvolveu agora um teste clinico baseado nos resultados. Rayaz Malik, membro da equipe, desenvolveu um programa que compara imagens da córnea central com as de diabéticos com diferentes níveis de danos nos nervos. De acordo com Efron, o teste está sendo usado por muitos hospitais, mas ele diz que antes de poder ser amplamente adotado, os resultados do teste precisam ser comparados com medidas previamente estabelecidas, como as das biopsias, para garantir sua precisão.



Matéria na íntegra (inglês)
       

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